“A menina que roubava livros” de Markus Zusak esteve por mais de um ano na lista dos
livros mais vendidos do “The New York
Times” e conta desde o início a difícil história de vida de Liesel
Meminger, uma menina que morava em uma área pobre da cidade de Molching,
próximo a Munique na Alemanha que tentava achar formas de se convencer do
sentido de sua existência, e que por três vezes fez com que a Morte não
conseguisse tirar a sua vida.
A história se passa em meio à
escuridão da Alemanha nazista entre 1939 e 1943 quando a Morte decide contar a
história de Liesel, impressionada com a habilidade da garota em ter saído
suficientemente viva de três ocasiões.
Depois de ver o seu irmão morrer no colo da mãe, Liesel foi deixada aos
cuidados de Hans e Rosa Hubermann. Hans é um pintor desempregado porém amável,
diferentemente de sua esposa Rosa que é uma dona de casa rabugenta.
Quando Liesel chega à casa dos Hubermann, traz consigo o “O manual do Coveiro”. Um livro que
havia conseguido através de um momento de distração do rapaz que enterrou seu
irmão e deixara o livro cair na neve. Este seria o primeiro dos vários livros
que Liesel roubaria nos anos seguintes, e que norteariam sua vida durante os
horrores da Alemanha nazista e da Segunda Guerra Mundial e a salvariam da
Morte.
Assombrada por pesadelos, Liesel compensava o medo e a solidão na
companhia do pai adotivo que lia os livros para ela durante a noite. O amor e a
proteção de Hans passavam segurança para a menina. Passado algum tempo, ela foi
alfabetizada por Hans e sob as vistas grossas de Rosa que a chingava e batia
diariamente. Assim, Liesel passou a dedicar sua vida à leitura. Alguns livros
censurados pelo nazismo eram queimados, mas menina conseguia salvar alguns para
si.
No decorrer da história, alguns personagens importantes cruzam a vida de
Liesel, a começar por seu vizinho, melhor amigo e primeiro amor Rudy. Eles
viveram muitas aventuras juntos, mas tanto Rudy como Liesel não sabiam da
intensidade do amor do amor que sentiam um pelo outro. Também é contada a
história do judeu Max, que vivia refugiado no porão da casa dos Hubermann e que
se tornou um grande amigo de Liesel, escrevendo para ela algumas de suas
histórias de vida afetada pelas ações nazistas. E por fim, a mulher do prefeito
que permitia que Liesel entrasse em sua biblioteca fazendo com que a menina
passasse a gostar dela ao longo da história.
No livro, o autor nos introduz a um amor puro e a visão inocente de uma
menina em meia crueldade e injustiça sofrida pelos judeus na época do nazismo.
Estes acontecimentos tiveram uma forte influência no decorrer da vida de Liesel,
que passou a entender o significado de Comunismo
e a ver com mais clareza a importância do que acontecia ao seu redor quando
perdeu as pessoas a quem mais amava. O amor pela leitura salvou a vida de
Liesel, lhe deu conhecimento e um sentido para a sua existência.
A menina que roubava livros é
uma história tocante que apresenta ao leitor um universo de valores e emoções.
Pode ser considerada uma leitura obrigatória para os amantes da literatura,
pois contém uma escrita simples e envolvente, que prende a atenção daquele que
lê até o final.
ZUSAK, Markus. (2006) A menina que roubava livros. São Paulo: Intríseca
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