quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Resenha: A menina que roubava livros



           
      
            “A menina que roubava livros” de Markus Zusak esteve por mais de um ano na lista dos livros mais vendidos do “The New York Times” e conta desde o início a difícil história de vida de Liesel Meminger, uma menina que morava em uma área pobre da cidade de Molching, próximo a Munique na Alemanha que tentava achar formas de se convencer do sentido de sua existência, e que por três vezes fez com que a Morte não conseguisse tirar a sua vida.
           A história se passa em meio à escuridão da Alemanha nazista entre 1939 e 1943 quando a Morte decide contar a história de Liesel, impressionada com a habilidade da garota em ter saído suficientemente viva de três ocasiões.
          Depois de ver o seu irmão morrer no colo da mãe, Liesel foi deixada aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann. Hans é um pintor desempregado porém amável, diferentemente de sua esposa Rosa que é uma dona de casa rabugenta.
          Quando Liesel chega à casa dos Hubermann, traz consigo o “O manual do Coveiro”. Um livro que havia conseguido através de um momento de distração do rapaz que enterrou seu irmão e deixara o livro cair na neve. Este seria o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria nos anos seguintes, e que norteariam sua vida durante os horrores da Alemanha nazista e da Segunda Guerra Mundial e a salvariam da Morte.
          Assombrada por pesadelos, Liesel compensava o medo e a solidão na companhia do pai adotivo que lia os livros para ela durante a noite. O amor e a proteção de Hans passavam segurança para a menina. Passado algum tempo, ela foi alfabetizada por Hans e sob as vistas grossas de Rosa que a chingava e batia diariamente. Assim, Liesel passou a dedicar sua vida à leitura. Alguns livros censurados pelo nazismo eram queimados, mas menina conseguia salvar alguns para si.
          No decorrer da história, alguns personagens importantes cruzam a vida de Liesel, a começar por seu vizinho, melhor amigo e primeiro amor Rudy. Eles viveram muitas aventuras juntos, mas tanto Rudy como Liesel não sabiam da intensidade do amor do amor que sentiam um pelo outro. Também é contada a história do judeu Max, que vivia refugiado no porão da casa dos Hubermann e que se tornou um grande amigo de Liesel, escrevendo para ela algumas de suas histórias de vida afetada pelas ações nazistas. E por fim, a mulher do prefeito que permitia que Liesel entrasse em sua biblioteca fazendo com que a menina passasse a gostar dela ao longo da história.
          No livro, o autor nos introduz a um amor puro e a visão inocente de uma menina em meia crueldade e injustiça sofrida pelos judeus na época do nazismo. Estes acontecimentos tiveram uma forte influência no decorrer da vida de Liesel, que passou a entender o significado de Comunismo e a ver com mais clareza a importância do que acontecia ao seu redor quando perdeu as pessoas a quem mais amava. O amor pela leitura salvou a vida de Liesel, lhe deu conhecimento e um sentido para a sua existência.
          A menina que roubava livros é uma história tocante que apresenta ao leitor um universo de valores e emoções. Pode ser considerada uma leitura obrigatória para os amantes da literatura, pois contém uma escrita simples e envolvente, que prende a atenção daquele que lê até o final.
       

 

ZUSAK, Markus. (2006) A menina que roubava livros. São Paulo: Intríseca

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