segunda-feira, 7 de outubro de 2013

There is no place like home

Dorothy Gale tem me ensinado muitas coisas. Na mais recente "There is no place like home.", eu acrescentaria apenas uma palavra: "There is no place like OUR home."
Tenho sentido muita falta desse detalhe nos últimos dias.
Entendedores entenderão.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um Navio

Imagine que você está à beira-mar e você vê um navio partindo
Você fica olhando, enquanto ele vai se afastando e afastando, cada vez mais longe
Até que finalmente aparece apenas um ponto no horizonte
Lá onde o mar e o céu se encontram
E você diz: "Pronto, ele se foi"

Foi aonde? Foi a um lugar que sua vista não alcança
Só isto
Ele continua grande
Tão bonito e tão importante como era quando estava com você
A dimensão diminuída está em você, não nele
E naquele exato momento em que você está dizendo "ele se foi", há outros
olhos vendo-o aproximar-se, outras vozes exclamando em júbilo:
"Ele está chegando"

Rabino Henry Sobel



**Dedicado a uma professora especial que partiu e deixou raízes e saudades.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Quando a ficção ABUSA da realidade

Tá, não sei se esse é o melhor título pra postagem que segue, mas estive inquieta até postar um dos melhores textos que vi sobre a [insira a sua indignação aqui] da atual novela das nove "Amor à Vida".
O texto pode ser visto no blog Além do Cabelo. Não vou destacar nenhuma citação porque vale muito a pena visitar o blog e conferir o que a autora escreve sobre o que eu vou considerar a seguir.
Respeitando a laicidade do nosso território tupiniquim, não vou expor nesse texto a minha religiosidade. Porém, gostaria de levantar um questionamento sobre o que a maioria da população telespectadora receptora anda absorvendo ou não, e em como a grande massa aplica tudo isso.
Nos capítulos da semana passada da novela Amor à Vida, o autor Walcyr Carrasco me fez o favor de matar a Marina Ruy Barbosa de desgosto em forma de câncer porque a bonita, que é maior de idade, vacinada e já morou no exterior foi engabelada pelo noivo e a melhor amiga. Vejam só o resultado:
Defina "história romântica"
MORRÉU

Até antes de ler o post eu não sabia qual era o tipo de câncer que essa menina tinha, também porque eu nem assisto essa novela pra falar a verdade. Faz anos que eu não paro pra assistir tv porque trabalho, estudo e blá blá blá. Mas acompanhando pelos globos.com da vida, fiquei indignada pela forma como o autor conduziu a história. Tratou de uma maneira tão superficial e artificial uma das doenças mais emblemáticas da humanidade e, não obstante disso, tratou a espiritualidade de uma forma, digamos, bizarra. Desculpa Walcyr, mas foi patético. Vi as cenas pela internet e não tenho elogios sinceros pra te dizer. Convivi com portadores de câncer e presenciei finais felizes e também tristes. Mas acima de tudo, com um histórico de lutas e superação, com lágrimas nos olhos e um sorriso no rosto. Segundo comentários de pessoas que acompanham a obra, não se obteve informações sobre a doença e tampouco sobre sua prevenção e tratamento. Romantismo demais, mimimi demais, muito chororô, fantasias e pouco do que realmente importa.
Hoje vi uma entrevista do autor falando sobre suas crenças no espiritismo. Com todo o direito ele pode crer no que quiser, mas essa coisa de empurrar goela abaixo para o telespectador conceitos religiosos ou não enrustidos na novela, que não são de domínio da maioria através dos meios de comunicação, na minha humilde opinião, fere o nosso querido Estado Laico. Mas o autor não é unanimidade, tem muito disso por aí.
Tudo isso eu chamo de Teoria Hipodérmica ou Teoria da Bala Mágica que consiste em uma mensagem que é lançada pela mídia e que é imediatamente aceita e distribuída por todos os receptores. Essas teorias estudam os efeitos da comunicação no comportamento da sociedade e é isso que eu acredito que está acontecendo mais do que nunca atualmente.
Amigos, fui de um assunto à outro neste texto. É apenas um desabafo sobre como me sinto quando vejo esse tipo de abuso no subconsciente do receptor, que insere o indivíduo em uma ideologia surreal da qual ele não faz parte, fazendo-o esquecer a sua realidade. Em que momento o câncer da personagem foi tratado de uma forma real? O que dizer então da morte? Espero que o autor mostre as suas justificativas no decorrer da trama.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

We're not in Kansas anymore!

Over the Rainbow é a música que deveria tocar nos corações e mentes que insistem em ir além do que é sensato. Dorothy foi acidentalmente transportada da fazenda em que vivia no Kansas para um cenário que até então, só poderia existir no seu imaginário. Ela desejou tanto chegar além do arco íris que o poder do seu querer se transformou em uma bela e mágica realidade. 
Levo comigo a filosofia de Dorothy e ando sonhando demais, querendo demais e conseguindo muito mais do que perdendo. Quando concentramos nossa fé e motivação em um ideal, testamos nossa capacidade de realizar ao mesmo tempo em que superamos nossas próprias expectativas, e isto nos deixa livres para sonhar de novo. No entanto, é provável que encontremos algumas Elphabas ou Glindas (bruxas boas e más do Leste e Oeste) em nossos caminhos.
Não sei exatamente o porque de escrever esse texto. Acredito que tenha sido o desejo de mais uma vez escrever algo motivacional e ao mesmo tempo compartilhar um dos melhores momentos de Judy Garland no clipe abaixo. Depois do lançamento do filme O Mágico de Oz (MGM, 1939), muitas pessoas pediam insistentemente para Judy cantar Over the Rainbow em qualquer uma de suas aparições. Talvez estas pessoas estivessem buscando o mesmo que Dorothy e eu. Ou talvez fosse só pela beleza da composição, melodia e interpretação. Mas é fato que a música embala aqueles momentos em que desejamos estar em outro lugar, muito além do arco íris.



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Il sogno di volare

O melhor a fazer é perseverar.
Mesmo que nada se concretize,
Sonhar sempre vai valer a pena.

Peace is a place

Da série "mais um poema que eu escrevi para o Burke". Este é de um ano atrás.

"There is a place called peace
Cause its definitely not a feeling
It’s not even a sensation
I really believe that there is a place called peace
And we can see and touch
And we can sit in the grass and look at the sunshine, in silence
Or we can just be around people that makes us laugh, and make a mess!
Oh! I really believe that this place exists, I just don’t know where
But I am pretty sure in this place you will be there."

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O processo criativo

Entre um esboço e outro, estive esperando com que a incubação e consequentemente a imaginação viesse. Não é mais tão fácil assim. A medida em que fui ficando mais velha me tornei mais produtiva, ao passo de que o meu processo criativo diminuiu, ou mudou de forma e categoria.
Nos últimos três anos, a jornada acadêmica ocupou uma posição fundamental e elementar na minha vida. Fiquei muito mais estudiosa, mais crítica, seletiva e segura. O Marketing abrange tantas matérias que me sinto a par de tudo. Mas especialmente hoje, não me senti dona de nada.
Por muito tempo, o meu passatempo favorito foi escrever poemas. Escrevi muitas coisas que adoro reler e até mesmo compartilhar. Outras nem tanto. E toda vez que olho o meu blog hoje em dia, este espaço que tanto amei, sinto uma tristeza por não poda-lo e rega-lo como deveria.
Trabalhar e estudar são coisas que fazem sua vida funcionar e ter um sentido. Esta lei se aplica a muitas pessoas. Pra mim não foi diferente e isso me fez deixar algumas coisas que gosto de lado. Dia desses por exemplo, descobri uma pequena paixão pela costura. Não me contive e comprei uma máquina robusta e cheia de funções. Costurei uma saia floral e fiz algumas barras de calça mal feitas, mas que mesmo assim me divertiram à beça. Comprei alguns livros e baixei alguns e-books. Comprei também um caderno novo, canetas novas e imaginação também. Mas todo esse incentivo por uma válvula de escape virou um monte de coisas a mais no meu quarto. E do fundo do meu coração, hoje eu gostaria de trabalhar e estudar menos, viver mais e fazer mais coisas que me façam de fato feliz.
Hoje foi a despedida de um colega de trabalho que se demitiu simplesmente porque ele não estava satisfeito e tampouco realizado. Uma salva de palmas pra ele, pois saiu pra fazer algo que gosta e trabalhar com o que faz dele um verdadeiro profissional de sucesso: aquele que tem alguns reais no bolso e muita disposição pra realizar. 
Dentro de pouco quero encerrar mais um ciclo e fazer o que vale a pena pra mim, que são minhas firulinhas, meus livros inacabados, minhas costuras e meus planos. Um casamento e uma empresa de consultoria em marketing talvez? Uma e-commerce? Uma barraquinha na feira? Vontade é o que não falta!